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A carga está no depósito da Secretaria, no Recife: são 200 mil maços produzidos no país vizinho e que entraram no país sem pagamento de tributos. A queda na arrecadação de impostos do setor chamou a atenção do Fisco Estadual. "O potencial de arrecadação mensal do produto é de R$ 20 milhões e, atualmente, estamos com uma média de R$ 14 milhões. Então, dentro do planejamento de operações da Fazenda, a gente já vem monitorando alguns galpões, alguns deles com armazenagem de cigarro de forma irregular", explica Anderson Alencar, diretor de Operações Especiais da Sefaz.
Com a denúncia da Secretaria da Fazenda, a polícia começou a investigar o caso no começo do ano. Na madrugada de terça-feira (13), os três homens acabaram presos, no momento em que a mercadoria era descarregada em um depósito na cidade de Bezerros, no Agreste, onde os cigarros seriam vendidos. "Esse material será encaminhado à Justiça e caberá ao magistrado decidir sobre a sua destinação. Normalmente, esse produto é incinerado", diz Francisco Rodrigues, delegado de Crimes contra a Ordem Tributária.
O depósito clandestino era um dos que estão sendo monitorado pela Sefaz. Quando os fiscais abordaram o caminhão, nenhum documento fiscal, da mercadoria transportada ou do estabelecimento onde estava sendo feita a entrega, foi apresentado. Toda a carga foi avaliada em aproximadamente R$ 1 milhão.
Parte da carga apreendida - 230 caixas - estava no caminhão, onde também estavam dois dos suspeitos; outras 170 foram localizadas dentro do galpão. O responsável pelo depósito foi o terceiro detido - os três foram autuados em flagrante pelo crime de contrabando, pagaram fiança e vão responder ao inquérito em liberdade.
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