Durante três anos seguidos a polícia alagoana – quase que diariamente – registrou assassinatos no derredor da Quadra 11, do Conjunto Virgem dos Pobres I, próximo de um templo evangélico, no bairro do Vergel do Lago, região Sul de Maceió.
O primeiro crime do mês de fevereiro foi registrado naquele local. A vítima foi Leonildo Silva de Souza, 33, que residia na mesma localidade.
Ele foi morto com vários tiros, principalmente na região da cabeça e nas costas no final da manhã da sexta-feira, 01, poucos minutos antes do governo anunciar os números de homicídios do mês de janeiro, um dos mais violentos dos últimos cinco meses – em se tratando de mortes por armas de fogo.
A implantação do programa Brasil mais Seguro – parceria entre o Governo Federal com o de Alagoas – levou uma das equipes da Delegacia de Homicídios (DH)/Força Nacional (FN) judiciária com apoio da FN militar esclarecer mais da metade dos crimes e identificar e prender cerca de 100 dos acusados que agiam na orla lagunar de Maceió, principalmente nos Conjunt6os Joaquim Leão, Virgem dos Pobres I,II e III, Bebedouro e Bom Parto. Os trabalhos de investigações, que culminaram com as prisões, duraram cerca de quatro meses.
Mas apesar da intensificação dos trabalhos de prevenção para evitar mais assassinatos os bandidos que ali residem não tem demonstrado nenhum receio da polícia. Somente no mês de janeiro os bairros que compõem a região Sul da capital registraram cerca de 10 assassinatos e não se tem conhecimento das prisões dos envolvidos.
Após uma trégua onde a população desses bairros voltou a conversar nas portas de suas casas e caminhar livremente pelas ruas, os hábitos adquiridos após a Força Nacional pacificar a região, começaram a ser mudados. Os moradores foram tomados pelo medo e não escondem que a presença da polícia caiu significamente e alguns chegam a afirmar que em algumas ruas a polícia só aparece quando acontece algum crime. Quase que todas as semanas quadrilhas de traficantes trocam tiros em via pública e os constantes arrastões a estabelecimentos comerciais e a ordem de quem falar com a polícia será morto – como exemplo – assusta a pobre comunidade da região Sul.
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