quarta-feira, 26 de março de 2014

VÍDEO: Caso Vanessa Ingrid. Bandidos que queimaram viva jovem de 18 anos não são ouvidos por juiz


Vanessa teria envolvido várias pessoas em diversos crimes (Arquivo)Por decisão do juiz Geraldo Amorim a audiência de instrução dos cinco acusados de torturarem e queimarem viva na noite de 14 de fevereiro de 2013 a jovem Franciellen Araújo Rocha, 18, não aconteceu na tarde desta terça-feira, (25), no Fórum do Barro Duro, em Maceió.
Vanessa Ingrid da Luz Souza, presa no Presidio Santa Luzia; Nayara da Silva; Saulo José Pacheco de Araújo; Victor Uchôa Cavalcanti, preso no Baldomero Cavalcante e Thiago Handerson Oliveira Santos, preso no Módulo de Segurança se ‘beneficiaram’ por uma decisão – em pratica desde o ano passado – que não permite que reeducandos deixem a prisão nas terças e quintas-feiras.
Segundo o magistrado, desde dezembro de 2013, existe em vigor uma determinação do corregedor do Tribunal de Justiça, (TJ), Alcides Gusmão, que proíbe audiências com pessoas que estejam cumprindo pena no Sistema Prisional do Estado.
A audiência foi novamente agendada para o dia 6 de agosto.
O advogado de Vanessa, tida pela polícia como a líder do grupo e a que articulou o crime, Raimundo Palmeira, criticou a Justiça alagoana.
‘Faltam investimentos no sistema penitenciário em geral. O prazo para a instrução do processo é de até 91 dias, mas esse caso já tem um ano e dois meses. É revoltante que a justiça seja tão lenta’, disse Palmeira.
Na época que o crime foi desvendado, em fevereiro do ano passado, foi descoberto que Vanessa, que morava no quarto andar do Edifício Renóver, localizado no bairro de Cruz das Almas, orla de Maceió – onde teve inicio a primeira parte da trama que resultou no crime –, integrava uma rede de prostituição e tráfico de drogas com envolvimento de pessoas de classe média alta.Franciellen Araújo Rocha foi atraida para a morte
Considerada uma pessoa dissimulada Vanessa desconfiava que o namorado, o traficante Genilson dos Santos Jordão, o ‘Ninho’, estava mantendo um caso com uma garota mais nova.
Determinada, Vanessa Ingrid montou uma ‘festinha’ no apartamento que morava e convidou uma menor chamada pelo apelido de ‘Tininha’, que sem saber o que estava para acontecer, aceitou o convite, indo para o local acompanhada de uma irmã também de menor.
Durante a festa ‘armada’ no imóvel – onde haviam cerca de 13 convidados – Vanessa levou ‘Tininha’ – por acreditar ser o ‘caso’ de ‘Ninho’ – até um dos cômodos do imóvel e junto com os amigos deu inicio a sessão de torturas. Acuada, ‘Tininha’ – a menor – desmentiu a traição e revelou o nome de Franciellen.
Acusados presos (Alagoas 24 Horas)Mostrando seu ‘poder’ diante dos convidados, Vanessa exigiu que ‘Tininha’ ligasse para Franciellen, que acompanhava uma amiga que havia internado o filho no Hospital Geral do Estado, (HGE). Alheia ao que estava para acontecer, Franciellen aceitou o convite e foi para o apartamento de Vanessa – de taxi – junto com a amiga Cleidiane, impedida de subir até o imóvel por ‘Tininha’ que alegou que a festa era apenas para adultos.
Consta no inquérito que Vanessa aproximou-se e perguntou quem era ‘Fran’, e quando a mesma respondeu ‘sou eu’ riu e ofereceu bebida para a jovem. Passados alguns minutos Vanessa lhe deu um tapa no rosto e disse que ela morreria naquele dia.
Na sequencia Vanessa falou para que todos os presentes agredissem a vítima, caso contrário iriam receber represálias. O segundo murro dado na vítima teria sido de Thiago, que junto com Vanessa, sob o efeito de maconha e cocaína, arrastou a vítima até um dos quartos onde aconteceram as torturas iniciadas por Victor Uchoa.  Como detalhe, segundo a polícia, Thiago e Victor já respondem por roubo.
A sessão de tortura durou cerca de duas horas, tempo que a jovem teve os dentes quebrados, o rosto queimado por pontas de cigarros, sobrancelhas raspados e os cabelos cortados com uma faca.

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