Presos dois suspeitos de matar, em Pernambuco, caminhoneiro gaúcho Mandado de prisão já havia sido solicitado à Justiça, diz a Polícia Civil. Éder Barbieri, 34 anos, foi morto a tiros em dezembro e teve corpo queimado

Foram presos no Recife, nesta terça-feira (19), dois homens suspeitos de terem matado, em dezembro do ano passado, o caminhoneiro gaucho Éder de Souza Barbieri, 34 anos. Ele morava em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana, e foi morto no dia 2 de dezembro, tendo o corpo sido encontrado pela polícia no dia seguinte, em um engenho no município de Escada.

A apresentação dos suspeitos sera feita nesta quarta-feira (20), no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, no Recife. De acordo com informações da Polícia Civil, outras diligências ainda estão sendo realizadas, mas os dois homens presos seriam os únicos envolvidos com o crime. "A gente já tinha solicitado o mandado de prisão deles. Chamamos os dois aqui [no DHPP] e fizemos a prisão", diz a delegada Gleide Ângelo, titular do caso.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que Barbieri foi morto com um tiro na cabeça e, em seguida, teve o corpo queimado. A investigação contou com o apoio da polícia do Rio Grande do Sul, que encaminhou para Pernambuco o prontuário civil da vítima. A identificação foi confirmada em maio passado, através do exame das digitais, que ficaram preservadas.

A família deu queixa do desaparecimento em Porto Alegre, no dia 17 de dezembro, dizendo que ele não entrava em contato havia 15 dias. Barbieri veio para o Recife como caminhoneiro há cerca de um ano e meio, mas trabalhava como agenciador de cargas em um posto de Jaboatão, nos últimos meses.

Na última vez em que foi visto com vida, o caminhoneiro estava dirigindo o próprio carro, um Voyage verde, rebaixado e com rodas personalizadas. Ele tinha saído de casa por volta das 11h30 e dito a conhecidos que iria visitar a namorada, em Maceió (AL), mas não chegou a viajar, segundo as investigações. "Ele estava sem camisa, muito tenso, com outros três caras sem camisa também. A pessoa que o viu estranhou, ele era uma pessoa muito alegre, comunicativa, que sempre fazia festa com os amigos", disse a delegada Gleide Ângelo, à época da identificação do cadáver.