Pai e filho são executados por motociclistas. Ex-militar é o principal suspeito

Moradores da tranquila cidade de Capela, interior de Alagoas, viveram instantes de terror na noite do sábado, 5, quando pistoleiros mataram duas pessoas no Centro da cidade.
As vítimas, Valdir Francisco da Silva, 49, o “Val do Capeta” e o filho dele, Felipe Araújo de Silva, 24, foram mortos por homens nem uma motocicleta modelo Twistter, de cor amarela e placa não anotada.

Testemunhas relataram para a polícia que os matadores chegaram a um dos trechos da Rua Gercino Moreira, no Centro de Capela, onde estava “Val do Capeta”, que foi surpreendido pelos disparos. No momento houve tumulto e populares encontraram o filho da vítima que estava na porta de casa, a poucos metros onde o pai era assassinado e pediram para que ele fosse ajuda-lo.

Felipe Araújo não pensou duas vezes e correu desesperado em direção ao corpo do pai que já estava caído. Ao notarem a aproximação do rapaz um dos bandidos teria falado que “aquele era o filho dele”, apontando suas armas para o rapaz que alvejado, caiu a poucos metros do pai. Felipe ainda foi socorrido até o hospital da cidade, mas entrou em óbito antes de receber os primeiros atendimentos.

Em choque parentes das vítimas disseram que não sabiam a quem atribuir o duplo crime, lembrando que pai e filho eram pessoas trabalhadores e não tinham vícios. Mas a polícia levantou que “Val do Capeta” já havia escapado de um atentado a bala praticado no dia 15 de fevereiro de 2011. O homem foi atingido por quatro tiros nas pernas.

Na época o policial militar Anderson Minervino foi acusado de ser o autor da tentativa de homicídio. O militar teria se irrUma das vítimas itado com a vítima por conta de uma suposta “fofoca”. Os filhos de Valdir teriam comentando na cidade que o policial foi o autor da denúncia que os levou ao indiciamento por crime ambiental devido as suas participações numa rinha de galos em Capela. A informação foi confirmada por uma filha de “Val do Capeta” que pediu para não ter o nome divulgado pois teme represálias.

“Esse policial vivia rondando a nossa casa querendo pegar o meu pai por causa dessa história. Não escondo, meus irmãos eram metidos com briga de galo até serem presos, mas meu pai nunca apoiou. Depois das prisões algumas pessoas viviam dizendo que o Anderson foi quem denunciou e ai ele ficou com raiva. No dia do atentado meu pai só não morreu porque segurou a mão dele e depois outros policiais chegaram e prenderam ele”. 
Anderson Minervino foi submetido a processo disciplinar e foi excluído da Polícia Militar (PM).

Mas enquanto a filha preferiu não declinar nomes outros parentes foram mais enfático e disseram que o ex-pm havia retornado a rondar a casa da vítima e quando bebia sempre falava que ia a "forra".