Em Poção, bacia leiteira do Estado, a 202 km do Recife, a única obra que o ex-prefeito Roberivan de Melo (PSD) se orgulhava de ter feito em sua gestão ruiu, literalmente, no último dia 29 de dezembro, data da emancipação política do município. Trata-se da Escola João Martins, obra que custou aos cofres públicos a bagatela de R$ 500 mil.
Esta e outras aberrações estão sendo constatadas pelo novo prefeito da cidade, Padre Cazuza (PSB), que está em tempo de “perder o juízo” com a herança maldita recebida do seu antecessor. 'Saí do paraíso para o inferno', disse o padre prefeito, resumindo o drama que enfrenta desde o dia 1º de janeiro, quando tomou posse.
Vindo do trabalho sacerdotal e tendo atuado durante muito tempo na área social, o padre nunca imaginou entrar no campo da política. O que se ouve na cidade, entre seus próprios aliados, é que o líder religioso foi estimulado a disputar a prefeitura pelo governador Eduardo Campos (PSB), de quem recebeu pessoalmente o convite para ingressar no Partido Socialista Brasileiro.
Cazuza é um padre diferente. Não usa bata e se distingue na cidade pelo uso de um chapéu de couro à moda dos cangaceiros do Sertão. Quando botou o pé na prefeitura e recebeu as primeiras informações do inferno em que a administração pública se encontra, o padre quase desmaiou. Pegou a folha de dezembro em atraso - junto com o 13º salário -, além de uma dívida de R$ 1 milhão de custeio, incluindo fornecedores.
Esta e outras aberrações estão sendo constatadas pelo novo prefeito da cidade, Padre Cazuza (PSB), que está em tempo de “perder o juízo” com a herança maldita recebida do seu antecessor. 'Saí do paraíso para o inferno', disse o padre prefeito, resumindo o drama que enfrenta desde o dia 1º de janeiro, quando tomou posse.
Vindo do trabalho sacerdotal e tendo atuado durante muito tempo na área social, o padre nunca imaginou entrar no campo da política. O que se ouve na cidade, entre seus próprios aliados, é que o líder religioso foi estimulado a disputar a prefeitura pelo governador Eduardo Campos (PSB), de quem recebeu pessoalmente o convite para ingressar no Partido Socialista Brasileiro.
Cazuza é um padre diferente. Não usa bata e se distingue na cidade pelo uso de um chapéu de couro à moda dos cangaceiros do Sertão. Quando botou o pé na prefeitura e recebeu as primeiras informações do inferno em que a administração pública se encontra, o padre quase desmaiou. Pegou a folha de dezembro em atraso - junto com o 13º salário -, além de uma dívida de R$ 1 milhão de custeio, incluindo fornecedores.
O telhado da Escola João Martins desabou no último dia 29 |
Segundo ele, o ex-prefeito cometeu uma série de ilegalidades. Fechou um parcelamento da dívida da Previdência Social descontando 10% em cima dos recursos do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Até então, a cidade recebia da União cerca de R$ 350 mil, mas a partir de agora, com o parcelamento, o novo prefeito terá R$ 35 mil a menos para custear as suas despesas, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
A herança maldita deixada para o padre não para por aí: ambulâncias quebradas, nenhum veículo da frota oficial em funcionamento, o hospital foi depenado, escolas em péssimas condições, computadores desaparecidos e sequer a senha de acesso ao Programa Bolsa-Família foi deixada pelo antecessor.
A herança maldita deixada para o padre não para por aí: ambulâncias quebradas, nenhum veículo da frota oficial em funcionamento, o hospital foi depenado, escolas em péssimas condições, computadores desaparecidos e sequer a senha de acesso ao Programa Bolsa-Família foi deixada pelo antecessor.
Enquanto isso, a cidade encontra-se repleta de lixo. No hospital faltam médicos e remédios. O secretário de Finanças Adeílton Conrado já adiantou que irá negar licença premium ao ex-prefeito, que detém o posto de servidor municipal e é dono do mais alto salário da folha de pagamento. Aliados de Padre Cazuza dizem que Roberivan de Melo está contratado como contador, mas que nunca teria exercido tal função. É provável que daqui por diante, o atual prefeito passe a exigir seu ponto como servidor municipal.
Poção está inadimplente e, portanto, sem condições de celebrar qualquer tipo de convênio ou parceria com o Estado e a União. Prestadores de serviços da área de transporte acusam a gestão anterior de um calote da ordem de R$ 30 mil, quantia referente a trabalhos executados durante o governo de Roberivan de Melo.
Poção está inadimplente e, portanto, sem condições de celebrar qualquer tipo de convênio ou parceria com o Estado e a União. Prestadores de serviços da área de transporte acusam a gestão anterior de um calote da ordem de R$ 30 mil, quantia referente a trabalhos executados durante o governo de Roberivan de Melo.
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