Dois assassinatos, dentro de uma semana, registrados na periferia de Maceió, têm deixado policiais da Delegacia Homicídios (DH), preocupados com a possibilidade de estarem diante de crimes relacionados a pratica de rituais de magia negra.
A primeira vítima, um homem, que até o momento permanece sem identificação no Instituto Médico Legal (IML), foi encontrado no último dia 8 de fevereiro, em um canavial, as margens da rodovia que dá acesso a Usina Cachoeira do Mirim, no Complexo Benedito Bentes, parte alta de Maceió
A segunda vítima, uma jovem também não identificada, possivelmente menor de idade, foi encontrada com partes do corpo carbonizado na manhã desta sexta-feira, 15, em uma estrada no Loteamento Serra Mar, nas proximidades do Conjunto José Tenório, no bairro da Serraria, também na parte alta de Maceió
Algumas características nos crimes intrigam os policiais. As vítimas foram desovadas a poucos metros de encruzilhadas, tiveram os corpos carbonizados – possivelmente enquanto ainda estavam vivas – não tinham vestígios de armas branca ou de fogo e próximos de onde foram achadas havia animal morto, possivelmente um bode – geralmente usados em rituais – bebidas, velas e pratos de barro frequentemente usados em trabalhos de espiritismo.
Na avaliação dos policiais todos os detalhes podem ter alguma relação e as vítimas, supostamente, foram mortas durante trabalhos de bruxaria.
O outro lado
De acordo com o pai de Santo José Ailton Felix, o “Oajikam”, dentro da religião Candomblé, a prática da Magia Negra – proibida no Brasil, chegando a ser considerado um crime – só é reverenciada por feiticeiros e bruxos.
“Ao contrario do que as pessoas pensam quem cultua a religião Candomblé, que é de origem africana, realiza trabalhos para combater este tipo de mal, através de banhos de ervas e defumadores, assim cultuamos a natureza e nossos orixás. O ritual de magia negra é praticado por feiticeiros e bruxos e esses crimes podem ser realizados por um psicopata que utiliza dessas crendices para desviar o foco das investigações”, disse José Ailton.
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