Agentes penitenciários do estado decidiram fazer uma paralisação de advertência de 24 horas, a partir da 0h desta quarta-feira (19), para cobrar do governo o cumprimento de acordo que os reconhece como servidor da Polícia Civil. Em assembleia realizada no Centro do Recife, na noite desta terça (18), a categoria deliberou que manterá apenas 30% dos servidores nas unidades prisionais do estado a fim de assegurar os serviços essenciais, como segurança, alimentação e socorro dos detentos.
“Vamos trabalhar apenas para garantir a ordem nos presídios. Queremos que o governo cumpra o acordo, firmado em 2010. Nós cumprimos os deveres de um policial civil, mas não temos os mesmos direitos e vantagens nem carteira funcional”, comentou o presidente Sindicato dos Agentes e Servidores no Sistema Penitenciário do Estado dePernambuco (Sindasp), Nivaldo de Oliveira Júnior.
Ele acrescentou que espera que o governo chame a categoria para resolver o impasse até o próximo dia 30. “Se isso não ocorrer, poderemos fazer outras formas de mobilização e até deflagrar uma greve”, disse Nivaldo. Atualmente, um agente penitenciário do estado em início de carreira recebe R$ 2.460, enquanto o salário inicial do policial civil é de R$ 2.600. “A diferença é muito pouca. A paralisação não é por uma questão salarial, mas de dignidade funcional.”
Hoje, 1.462 agentes penitenciários trabalham no estado para uma população carcerária de aproximadamente 30.000 detentos. “O déficit de profissionais para cuidar das unidades prisionais é de 4.840 agentes. É praticamente impossível fazer o trabalho direito”, destacou o presidente do Sindasp.
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