Carmela Alencar teria sido chamada de vagabunda e desocupada pelos policiais
Foto: divulgação
Do NE10
Enfermeiros que participaram de um protesto pacífico, na tarde desta quarta-feira (17), na Avenida Agamenon Magalhães, área central do Recife, acusam policiais do Grupo de Ações Táticas Itinerantes (Gati) de abuso de autoridade. Uma enfermeira foi detida e encaminhada para a delegacia. Ela teria sido levada por reagir a xingamentos dos policiais.
A manifestação, que teve início às 13h em frente ao Hospital da Restauração, contou com cerca de 100 profissionais de saúde ligados ao movimento "Enfermagem na Rua". O grupo reivindicava redução da carga horária de trabalho para 30 horas, realização de concurso público estadual, reajuste salarial e criação de um piso nacional. Por volta das 16h, o grupo decidiu interromper o trânsito da Agamenon Magalhães para chamar a atenção da população.
"O protesto foi pacífico. Estávamos exercendo nosso direito de cidadão, inclusive agentes da CTTU acompanhavam o movimeneto. Os policiais do Gati chegaram em uma viatura e, de forma agressiva, chamaram os manifestantes de desocupados e vagabundos, exigindo que a manifestação fosse encerrada. Eles estavam sem identificação", contou o enfermeiro Richards Caula.
» Avenida Agamenon Magalhães é liberada pelos manifestantes
Segundo Richards, a enfermeira e professora Carmela Alencar, líder do movimento e diretora do Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro), respondeu aos policiais, afirmando que não era vagabunda e que tinha o direito de lutar por melhores condições de trabalho. "Por esse motivo ela foi presa por desacato. A polícia também foi violenta ao algemá-la. Ela foi imobilizada com uma gravata, como uma criminosa", afirma o enfermeiro.
Enquento Carmela era levada na viatura para a Delegacia de Santo Amaro para prestar depoimento, os manifestantes decidiram seguir em caminhada até a delegacia. No caminho, o enfermeiro Gilmar Mendes passou mal e foi levado para a emergência do Hospital Unicordis. Ele já recebeu alta e está em casa.
Após prestar depoimento na delegacia, Carmela foi liberada e seguiu para o Instituto de Medicina Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito. Ela pretende prestar queixa contra os policiais na Corregedoria da Polícia Militar. Os manifestantes afirmam ter fotos e vídeos que comprovam o abuso, mas as imagens só serão divulgadas após a liberação dos advogados do grupo.
O presidente do Sinpro-PE, Jackson Bezerra, publicou nota na noite desta quarta criticando a atitude da polícia. "O Sindicato entrará com uma ação na Secretaria de Defesa Social, exigindo a punição dos policiais e do oficial responsável pela ação. A nossa diretora estava ali como representante do Sinpro, pois apoiamos a luta dos profissionais de enfermagem. Vamos tomar as medidas cabíveis para que haja punição dos culpados pelas agressões", afirmou em nota.
O NE10 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Defesa Social, que esclareceu apenas que todas as denúncias apresentadas na corregedoria são apuradas com rigor pelo órgão. Disse também que ainda não teve acesso a imagens ou outras informações sobre a denúncia e por isso, por enquanto, não poderia dar nenhuma resposta sobre o caso. A reportagem também não conseguiu entrar em contato com a Delegacia de Santo Amaro para saber se houve abertura de inquérito policial.
A manifestação, que teve início às 13h em frente ao Hospital da Restauração, contou com cerca de 100 profissionais de saúde ligados ao movimento "Enfermagem na Rua". O grupo reivindicava redução da carga horária de trabalho para 30 horas, realização de concurso público estadual, reajuste salarial e criação de um piso nacional. Por volta das 16h, o grupo decidiu interromper o trânsito da Agamenon Magalhães para chamar a atenção da população.
"O protesto foi pacífico. Estávamos exercendo nosso direito de cidadão, inclusive agentes da CTTU acompanhavam o movimeneto. Os policiais do Gati chegaram em uma viatura e, de forma agressiva, chamaram os manifestantes de desocupados e vagabundos, exigindo que a manifestação fosse encerrada. Eles estavam sem identificação", contou o enfermeiro Richards Caula.
» Avenida Agamenon Magalhães é liberada pelos manifestantes
Segundo Richards, a enfermeira e professora Carmela Alencar, líder do movimento e diretora do Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro), respondeu aos policiais, afirmando que não era vagabunda e que tinha o direito de lutar por melhores condições de trabalho. "Por esse motivo ela foi presa por desacato. A polícia também foi violenta ao algemá-la. Ela foi imobilizada com uma gravata, como uma criminosa", afirma o enfermeiro.
Enquento Carmela era levada na viatura para a Delegacia de Santo Amaro para prestar depoimento, os manifestantes decidiram seguir em caminhada até a delegacia. No caminho, o enfermeiro Gilmar Mendes passou mal e foi levado para a emergência do Hospital Unicordis. Ele já recebeu alta e está em casa.
Após prestar depoimento na delegacia, Carmela foi liberada e seguiu para o Instituto de Medicina Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito. Ela pretende prestar queixa contra os policiais na Corregedoria da Polícia Militar. Os manifestantes afirmam ter fotos e vídeos que comprovam o abuso, mas as imagens só serão divulgadas após a liberação dos advogados do grupo.
O presidente do Sinpro-PE, Jackson Bezerra, publicou nota na noite desta quarta criticando a atitude da polícia. "O Sindicato entrará com uma ação na Secretaria de Defesa Social, exigindo a punição dos policiais e do oficial responsável pela ação. A nossa diretora estava ali como representante do Sinpro, pois apoiamos a luta dos profissionais de enfermagem. Vamos tomar as medidas cabíveis para que haja punição dos culpados pelas agressões", afirmou em nota.
O NE10 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Defesa Social, que esclareceu apenas que todas as denúncias apresentadas na corregedoria são apuradas com rigor pelo órgão. Disse também que ainda não teve acesso a imagens ou outras informações sobre a denúncia e por isso, por enquanto, não poderia dar nenhuma resposta sobre o caso. A reportagem também não conseguiu entrar em contato com a Delegacia de Santo Amaro para saber se houve abertura de inquérito policial.
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