quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Chineses também são investigados por tentativa de homicídio, no Recife Sete deles foram detidos por contrabando, mas liberados em seguida. Tentativa de assassinato ocorrida em maio foi o que deu início ao inquérito.



Dos oito chineses levados para a sede da Polícia Federal, suspeitos de fazer parte de um esquema de contrabando de produtos da China no comércio do Centro do Recife, apenas um não apresentou os documentos que comprovam sua situação legal para viver e trabalhar no Brasil. Os detalhes da Operação Oriente II, que cumpriu mandados de busca e apreensão, foi divulgada na manhã desta quarta (21) pela polícia. O grupo pode estar ligado à tentativa de assassinato de um comerciante chinês, no fim de maio, que não quis participar do esquema. Em depoimento, o chinês ilegal não quis revelar o verdadeiro nome.
(Correção: ao ser publicada, esta reportagem errou ao informar que a Polícia Federal havia aberto um processo para extraditar o chinês que não apresentou autorização para viver no Brasil. Na verdade, não há processo aberto até que se comprove a ilegalidade da permanência dele aqui. O texto foi corrigido às 15h32).
Os outros sete chineses foram liberados depois de prestar depoimento, mas a polícia ainda acredita que eles ainda possam responder criminalmente por causa da grande quantidade em dinheiro e produtos apreendidos durante a operação. Foram recolhidos sete notebooks, dois computadores, 34 passaportes, dois cofres com joias, objetos pessoais e R$ 210 mil em dinheiro, além de comprovantes de movimentações financeiras.
O grupo é suspeito de pressionar outros comerciantes, também chineses, a comprarem mercadorias importadas de um único fornecedor e praticarem preços tabelados. "A gente tem um agregação de pelo menos R$ 2 milhões por mês a partir do combate a esse grupo", esclareceu o diretor de operações da Secretaria da Fazenda de Pernambuco, Anderson Alencar.

De acordo com o diretor de Polícia Especializada, Joselito Kehrle, a tentativa de assassinato deu início às investigações. "Acabamos descobrindo o esquema de lavagem de dinheiro. Essa forma de ter dinheiro em casa e disponibilizar na negociação, sem passar por institução financeira, feita diretamente entre consumidor e o suposto comerciante irregular, configura lavagem de dinheiro", disse

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