sábado, 10 de agosto de 2013

Presa, babá suspeita de agredir bebê diz que não se arrepende de nada Mulher foi presa na manhã desta sexta-feira (9) em Quipapá, na Mata Sul. Ela estava escondida na casa do namorado e será indiciada por tortura.



A babá Luana Patrícia de Azevedo, 30 anos, suspeita de agredir uma criança de 1 ano e 6 meses, no Recife, prestou depoimento nesta sexta-feira (9) na Gerência da Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA) de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Carlos Barbosa, a mulher afirmou que não se arrependia do que havia feito. Ela será indiciada pelo crime de tortura, segundo a Polícia Civil.

Luana foi presa durante a manhã em Quipapá, na Mata Sul do estado, após a Justiça decretar prisão preventiva. Na delegacia, não quis mostrar o rosto, mas conversou com a imprensa. Ela chegou a assistir novamente às imagens mostradas na reportagem do NETV 1ª Edição. "É o meu jeito, meu jeito de falar. É uma imagem, o que vocês vão ver, vão acreditar no que tão vendo, não vão querer saber se foi devagar, se foi brincando, se foi forte. Fizeram corpo de delito na criança? Acusou o quê? Eu educava ela do mesmo jeito que educava minhas filhas", afirmou.

A equipe de reportagem teve acesso a vídeos que mostram que a babá, contratada para cuidar da menina e que estava na função fazia oito meses, maltratava e agredia a criança todos os dias, quando os pais não estavam por perto. De posse das imagens, a família denunciou o caso à polícia.
O delegado explicou que a babá foi ouvida informalmente pela manhã e, à tarde, prestou depoimento. "Ela afirmou que não fez nada demais. Ela entende que aqueles beliscões, puxão de cabelo, empurrão no rosto não é violência, disse que está acostumada a fazer isso com todas as crianças e, inclusive, com as filhas dela. É impressionante a frieza dela”, disse Carlos Barbosa. A mulher já foi levada à Colônia Penal Feminina, na Zona Oeste da capital. "O sentimento de justiça está imperando agora. A família e a sociedade estão mais tranquilos, ela vai para o lugar que merece", acredita Barbosa.

O caso foi denunciado à Gerência da Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA) no último dia 15 de julho, e seria apenas registrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). Segundo o delegado, que estava de férias na ocasião, a família não ficou satisfeita e colocou as imagens da agressão na mídia. "Quando voltei, na semana passada, vi as imagens na televisão e discordei do TCO. Achei que o caso não podia ser encarado dessa forma", explicou.

A babá foi demitida pela família que a acusou de agressão e, no mesmo dia 15 de julho, conseguiu emprego em outra casa, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.  "A população estava correndo risco, porque ela estava em outra casa que tinha crianças também. Depois que a família viu as imagens na televisão, ela foi demitida. Ela não tem sentimento nenhum de remorso, acha que é norma", comentou Barbosa.

Entenda o caso
O caso aconteceu em julho deste ano e foi mostrado na última segunda (5) no NETV 1ª Edição. Os pais da criança só descobriram as agressões porque precisaram conferir os registros da câmera de segurança para pagar as horas extras que a babá vinha pedindo.
Negligência
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de 13 de julho de 1990, disciplina em seu artigo 5º que "nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos direitos fundamentais"
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