(Foto: Bruno Fontes / TV Globo)
A vítima tinha 36 anos e seguia para a cidade de Itaíba quando foi morta com disparos de espingarda calibre 12. A advogada Mysheva Martins, noiva do promotor assassinado e principal testemunha do crime, participa da encenação. Ela e um tio estavam no veículo conduzido pelo promotor, mas escaparam sem nenhum ferimento. Mysheva chegou logo cedo para a encenação, mas, por volta das 10h, saiu da delegacia com o pai e a mãe para ir em casa trocar de roupa e voltar, por orientação da polícia - a recomendação é que todos estejam o mais parecidos possível com o dia do crime.
Por volta das 9h, chegou ao local da reprodução simulada Edmacy Cruz Ubirajara, suspeito de matar o promotor. Ele estava acompanhado de dois advogados. A polícia propôs que ele ficasse no carro usado pelos matadores para ver se Mysheva conseguiria identificá-lo desse ângulo de visão. O advogado de defesa Anderson Flexa disse que seria uma contradição ele participar, já que Edmacy alega que não estava nem presente na hora do crime. Edmacy levou ao local o agricultor aposentado Alfredo Ferreira Melo, 65 anos - este homem contou à polícia que estava no carro de Edmacy no dia do crime e garantiu que em nenhum momento o suspeito saiu de perto dele. Eles teriam ido de Águas Belas para uma fazenda no povoado de Santa Rosa, onde Edmacy mora. Edmacy foi liberado antes das 10h.
refazer o percurso (Foto: Bruno Fontes/TV Globo)
Por volta das 10h30, policiais militares saíram da delegacia e foram para a PE-300, local do crime, para isolar a área - uma barreira de 200 metros será montada para que ninguém chegue perto do local. Policiais civis continuam na delegacia.
Suspeito
Edmacy Cruz Ubirajara, suspeito de matar o promotor, foi solto na tarde da última quarta-feira (18). Ele havia sido detido dois dias após o crime e estava no Centro de Triagem (Cotel) de Abreu e Lima, Grande Recife. A liberdade provisória foi concedida pelo Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJSE). A decisão, expedida na última segunda (16), é do juiz da 5ª Vara Criminal, Diógenes Barreto.
de roupa (Foto: Bruno Fontes/TV Globo)
Procurada pelo G1, a Polícia Civil de Pernambuco informou que não vai se pronunciar sobre as investigações nem dar detalhes sobre o andamento do inquérito, que ainda não foi concluído. O MPPE também afirmou que não vai falar sobre o caso.
Entenda o caso
O promotor Thiago Faria foi assassinado com quatro tiros de arma calibre 12 e morreu dentro do carro que dirigia. Ele seguia para a cidade de Itaíba, Agreste pernambucano, pela rodovia PE-300. Thiago era noivo da advogada Mysheva Martins. Ela e o tio estavam no veículo conduzido pelo promotor, mas escaparam sem nenhum ferimento.
(Foto: Facebook/Arquivo Pessoal)
A principal linha de investigação aponta para uma discórdia sobre a posse da Fazenda Nova, que fica em Águas Belas, também no Agreste, arrematada em um leilão pela noiva da vítima. José Maria Pedro Rosendo Barbosa, o posseiro das terras, teve de deixar o local depois de uma ação judicial. Por causa de uma dívida trabalhista na Justiça Federal, Mysheva Martins conseguiu comprar a sede da fazenda. Nesse processo, ela teria recebido ajuda do noivo, o promotor Thiago Faria. Na desapropriação, ele esteve na fazenda com um oficial de Justiça. Irritado com o caso, José Maria Pedro Rosendo Barbosa, segundo a polícia, teria encomendado a execução do promotor. Até o momento, José Maria encontra-se foragido.
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