segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Revolta e lamúrias durante sepultamento de mulher morta com 14 facadas Polícia não se dá por satisfeita e continua investigando os verdadeiros motivos do crime


Facadas foram dadas, em sua maioria, no pescoço da vítima (Emergencia190)

Revolta e lamúrias durante o sepultamento da representante Reijane Lopes de Oliveira, 32, morta no último sábado (8), em seu apartamento no bairro da Ponta Verde, em Maceió. Ela foi assassinada com 13 facadas no pescoço e uma no pulmão.
O corpo de ‘Baiana’, como a vítima era conhecida, foi sepultado na presença de parentes e amigos, tanto de Maceió, em um cemitério particular, no Benedito Bentes, parte alta da Capital. 
Uma das mais emocionadas era a mãe da vítima, Maria das Graças, que veio da cidade de Feira de Santana (BA), cidade natal da vítima, junto com os irmãos de Reijane.
Maria das Graças revelou que um dos acusados que está preso, Everton Félix Cavalcante da Silva, 25, morava no mesmo apartamento da filha.
“Minha filha quis ajudar o Everton pois ele passava por dificuldades financeiras. Um amigo em comum pediu que ela o acolhesse em sua casa e foi isso que ela fez”, disse emocionada a mãe da representante comercial.
Ao contrário do que a Polícia Civil (PC) divulgou, Reijane não era casada com um alemão. Segundo a família eles na verdade eram noivos e deveriam se casar no ano de 2013. A representante era separa de um empresário catarinense e que compareceu ao sepultamento ao lado da filha do casal, hoje com 13 anos.
Reijane havia viajado para Europa recentemente onde fez algumas compras e desejava retornar, após o casamento, onde se preparava para fixar residência. Em sua ida à Europa, que durou cerca de um mês, Rejane deixou o apartamento com um dos suspeitos de ter envolvimento no crime, Everton Félix.
A família revelou ainda que Reijane vendia produtos para salão de cabeleireiros e iniciaria a representação de um energético. Ela também havia vendido dois carros, de sua propriedade e com o dinheiro comprou outro novo e negociou a casa que Everton morava, no conjunto Benedito Bentes.
Também está preso Ricardo Michel de Lima Oliveira, 26, acusado pela Polícia de ter esfaqueado a vítima. Ricardo ao deixar o apartamento de Reijane jogou a faca por baixo do carro da vítima, parado do estacionamento do bloco onde ela morava.
Após o crime Michel ligou para amigos de Rejane e dizendo que havia sido assaltado. Foram esses amigos da comerciante, que nada sabiam do crime e estavam na noite do sábado em um bar na orla de Maceió - que colaboraram para o esclarecimento do caso.
Em depoimento aos policiais da Força Tática do 1º Batalhão da Polícia Militar (1º BPM), Michel sugeriu um ‘jogo duplo’. Ele disse que é homossexual, mas estava namorando Rejane há oito meses. Rejane, segundo o assassino, estaria pedindo para ele deixar de gostar de homem. A versão é considerada duvidosa pela Polícia.
O suspeito também admitiu que não estava gostando da insistência da suposta namorada e por isso resolveu matá-la. Combinou com um amigo (Everton) e foi até o apartamento da vítima, onde após forte discussão, que seguiu em luta corporal, esfaqueou Reijane com uma faca de cozinha. Antes do crime, Reijane havia comentado com os amigos que estavam no barzinho na orla que ia se encontrar com eles, levando Everton e Michel.
Policiais da Delegacia de Homicídios (DH) admitem que o crime não está totalmente esclarecido. Na avaliação deles ainda falta muito o que se explicar. Os policiais acreditam no envolvimento de uma terceira pessoa e diante da suspeita seguem com as investigações.
Everton Félix e Ricardo Michel foram presos na madrugada do domingo (9) e já estão na Casa de Custódia, no bairro do Jacintinho, a disposição da Justiça.

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