segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Candidata presa em PE diz que não fazia campanha; confira vídeo


Vídeo mostra confusão entre candidata e policiais (Foto: Reprodução)Vídeo mostra confusão entre candidata e policiais
(Foto: Reprodução)
Após ser detida pela polícia no domingo de eleições (7), a candidata a um cargo na Câmara dos Vereadores de Camaragibe Marcela Silva (PT) se defendeu para o G1 nesta segunda (8). A candidata, que recebeu 31 votos nas urnas, contou que estava sendo alvo de uma perseguição política e que foi agredida. Um vídeo publicado no Youtube mostra parte da confusão envolvendo a petista e os policiais.

A candidata afirma que, quando passava de carro na Avenida Belmiro Correia, no centro de Camaragibe, os policiais militares já teriam a abordado com armas em punho e mandando-a encostar o veículo. A gravação mostra o momento em que Marcela Silva já se encontra fora do carro, junto com uma assessora, tentando argumentar com os soldados da PM. O vídeo foi feito por crianças que estavam com a candidata dentro do veículo.

No domingo, a PM tinha informado que a candidata havia sido presa porque estaria fazendo panfletagem e por ter agredido os policiais. “Eles disseram que eu já estava presa, porque estava fazendo campanha irregular. Eu disse para ele me trazer o papel de que eu estava fazendo campanha irregular e eles não me mostraram material nenhum de campanha. Eu tinha poucos adesivos na mala, pouquíssimos, para colar na camisa do pessoal da terceira idade que esquece o número”, comentou Marcela Silva.

A candidata, que teria ficado algemada na delegacia até as 14h do domingo, informou ainda que os policiais teriam falado que ela era uma candidata “fajuta”. “Ele tomou da minha mão bruscamente o saco; um policial veio atrás de mim me deu uma gravata e me algemou. Eu disse que não estava levando perigo para ninguém e disse que não tinha que me algemar. Levei um soco no rosto do policial”, se defendeu Marcela.

De acordo com a delegacia de Polícia Civil de Camaragibe, a candidata foi autuada por crime eleitoral, desacato e resistência. Ela assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberada. O material apreendido também foi levado para a delegacia.

PM
Em contato com o G1, a Polícia Militar informou que as imagens divulgadas na internet “falam por si só”. A assessoria confirmou a versão de que a candidata foi flagrada distribuindo panfletos de propaganda eleitoral e, por isso, foi abordada. A nota diz ainda que Marcela Silva “agiu de um modo absolutamente descontrolado” e que o policiamento tratava-a com “completa tranquilidade”.

A PM afirmou ainda que os soldados que teriam sido agredidos com tapas e chutes tiveram as lesões constatadas por relatório expedido após exame realizado pelo Instituto de Medicina Legal (IML).

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