Confecções e lavanderias do pólo têxtil do Agreste foram submetidas, na segunda-feira (11), a uma fiscalização do Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Polícia Fedral. O objetivo das vistorias foi identificar e evitar casos de trabalho escravo na região. Em Santa Maria do Cambucá, no Agreste do estado, o Ministério do Trabalho flagrou locais em condições irregulares, com fiação elétrica exposta e funcionários dividindo espaços pequenos.
O gerente do Ministério do Trabalho, Francisco Reginaldo, afirma que a fiscalização será intensa. "Em se detectando a existência completa de degradação das condições do trabalho, o Ministério vai agir incisivamente", afirma Francisco.
"Tivemos que interditar algumas lavanderias", afirma o auditor fiscal do Ministério Público do Trabalho, Benedito Lima. "Em uma delas, houve resgate do trabalhador por termos encontrado condições análagas à escravidão. Os patrões serão penalizados e o Ministério do Trabalho emitiu um seguro desemprego especial para os trabalhadores", afirma Benedito, explicando como funcionou a vistoria.
Para o coordenador de Fiscalização Têxtil, Paulo Mendes, a medida foi importante porque a escravidão pode, sim, passar despercebida. "Trabalho escravo não é só aquele de estar acorrentado. É submeter trabalhadores a situações degradantes, como não ter carteira assinada, desrespeitar a legislação trabalhista, não preservar a saúde e segurança do funcionário", alerta.
A Feira da Sulanca, no Parque 18 de maio, em Caruaru, também no Agreste, também deve sofrer fiscalização nos próximos dias
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