A polícia de Pernambuco investiga um golpe antigo que volta a fazer vítimas noRecife: um golpista se aproxima de uma pessoa e pede ajuda porque acabou de ganhar um prêmio na loteria e não sabe como receber o dinheiro. Nos últimos 45 dias, a Delegacia de Boa Viagem, na Zona Sul da capital, registrou três casos de vítimas que teriam caído no golpe e entregado dinheiro ou bens aos suspeitos. Três mulheres teriam perdido, juntas, quase R$ 25 mil.
O golpe costuma acontecer de maneira semelhante. A vítima é abordada por uma pessoa que se diz do interior do estado, afirmando que procura alguém que vai ajudá-la a retirar o dinheiro de um prêmio que ganhou. Nessa hora, um comparsa entra na conversa e se prontifica a colaborar. Liga para o banco e supostamente confirma o prêmio. Então, a primeira pessoa que abordou a vítima diz que está com pressa, alegando que o ônibus para o interior vai sair logo,por exemplo. Surge a proposta: a vítima saca o dinheiro da própria conta, entrega para o golpista e recebe a garantia de que ganhará tudo em dobro quando o dinheiro do prêmio for efetivamente sacado.
Uma das vítimas, que prefere não se identificar, retirou todos os R$ 6,5 mil que tinha no banco. "Saquei tudo que tinha. Saquei minha poupança e também o dinheiro que tinha na conta corrente", conta a mulher. Outra vítima entregou anel, pulseira e colar de ouro com brilhantes.
A mulher que dizia ter o bilhete premiado conseguiu a suposta solidariedade de um homem que se aproximou. A dona do bilhete disse que precisava ter a certeza de que podia confiar nos dois que a escoltariam até o banco para sacar o prêmio. Precisava também que eles provassem que não estavam de olho no dinheiro dela.
Quando o valor havia sido sacado, a golpista alegou que passava mal. A vítima se propôs a ir a uma farmácia para comprar remédio e foi aconselhada a não descer com o dinheiro na bolsa nem o celular para não correr risco. "Eu fui à farmácia, quando voltei uns trinta metros, eles tinham desaparecido. Eu me senti roubada, feita de boba", diz a vítima.
O delegado Erivaldo Guerra afirma que as pessoas que aplicam o golpe não têm deixado pistas. "Esse golpe é praticado há muitos anos no Brasil todo, temos registros dele desde a década de 1930. Não é fácil identificar essas pessoas, são espertos. Pedimos imagens das câmeras de seguranças dos locais para tentar identificar essas pessoas, mas elas não deixam muito rastro. Não dêem atenção a pessoas desconhecidas", alerta o delegado, que afirma estar intensificando as investigações.
O delegado Erivaldo Guerra afirma que as pessoas que aplicam o golpe não têm deixado pistas. "Esse golpe é praticado há muitos anos no Brasil todo, temos registros dele desde a década de 1930. Não é fácil identificar essas pessoas, são espertos. Pedimos imagens das câmeras de seguranças dos locais para tentar identificar essas pessoas, mas elas não deixam muito rastro. Não dêem atenção a pessoas desconhecidas", alerta o delegado, que afirma estar intensificando as investigações.
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