Presídio deveria ser o lugar em que o suspeito de um crime fique preso e isolado da sociedade. Sem acesso a meios de comunicação e sem a possibilidade de cometer novos delitos. No entanto, não é o que acontece em alguns locais do País. Casos em que os detentos têm celular à vontade, acesso a internet e até, acreditem, cumprem pena na sala do diretor do próprio presídio.
Um médico e ex-coronel da PM de Pernambuco, condenado em 2003 por tráfico humano, cumpre pena há 60 dias no gabinete do diretor da penitenciária Professor Barreto Campelo, na Ilha de Itamaracá (PE). De acordo com Nivaldo Júnior, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado, o chefe da cadeia despacha no mesmo local onde fica o preso. Na sala, o ex-coronel, José Sylvio Boudoux Silva, que foi exonerado da PM, tem todos os tipos de regalias: televisão, internet, ar-condicionado e telefone. Ele ainda tem acesso a todas as câmeras internas da unidade prisional.
Cinco internos da Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, em Manaus (AM), foram flagrados em uma piscina. A piscina teria sido levada ao local por um pastor evangélico para um batismo, liberado pela direção da casa em 2011. O flagrante dos internos na piscina foi feito por um agente carcerário.
O presídio de Queimados, na baixada Fluminense (RJ), foi denunciado após flagrantes que revelaram que muitos detentos tinham regalias no local. Diversos celulares foram apreendidos, além de drogas e bebidas.
Imagens feitas pelas próprias câmeras de segurança do sistema prisional, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), mostram cenas de presos fazendo ligações e traficando drogas. Houve também o flagrante de um presidiário tentando derrubar o bloqueador de celulares.
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