Foram cumpridos dez mandados de prisão preventiva, quatro de condução coercitiva – para ouvir três vereadores e um secretário adjunto do município –, além dos 13 mandados de busca e apreensão domiciliar.
Segundo Morais, foi através de escutas telefônicas e vídeos que se registraram as supostas negociações. “O crime é de corrupção ativa, quer dizer que os vereadores estavam exigindo do poder executivo municipal que liberasse propinas para que houvesse a aprovação de projetos. Enquanto isso não acontecesse, nenhum projeto seria aprovado. Ou seja, a Câmara parou de funcionar e os projetos da Prefeitura não seriam aprovados se não houvesse pagamento de propina”, explica.
De acordo com ele, os vereadores estão em prisão preventiva e ficam à disposição do poder judiciário local. A Prefeitura de Caruaru, no entanto, não fez o pagamento de propinas aos vereadores. “O crime não exige, efetivamente, que haja o pagamento de propina, basta você exigir que o crime já fica caracterizado, que foi o que aconteceu”, conta.
Os nomes dos dez vereadores foram divulgados pelo procurador-geral da Câmara de Vereadores do município, José Américo Monteiro. Foram presos os vereadores Jadiel Nascimento (PROS), Sivaldo Oliveira (PP), Val das Rendeiras (PROS), Cecílio Pedro (PTB), Val (DEM), Louro do Juá (DEM), Eduardo Cantarelli (PS), Neto (PMN), Evandro Silva (PMDB) e Jajá (PPS).
Outros três vereados, Edjailson (PTdoB), Gilberto de Dora (PSB), Ranilson Enfermeiro (PTB), e o secretário adjunto de relações institucionais Davi Cardoso prestaram esclarecimento e foram liberados.
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