segunda-feira, 9 de julho de 2012

Novos chefes das polícias de PE querem trabalhar com a motivação Delegado Osvaldo Morais terá diretorias de operações descentralizadas. Coronel Luiz Aureliano quer trabalhar com uma polícia junto à comunidade.

Na última sexta-feira (6), as polícias pernambucanas passaram por um processo de mudança. O delegado Osvaldo Morais tomou posse como o novo chefe da Polícia Civil do estado, e o coronel Luiz Aureliano, como o novo comandante da Polícia Militar (PM). Juntos, os novos líderes têm o objetivo de combater a criminalidade em todas as regiões de Pernambuco, alcançando a meta do programa Pacto pela Vida, que quer reduzir em 12% o número de homicídios no estado.

Em entrevistas ao Bom Dia Pernambuco desta segunda-feira (9), tanto o delegado Osvaldo Morais quanto o coronel Luiz Aureliano falaram sobre as novas atitudes nas corporações. Os dois contaram que um dos objetivos será trabalhar na motivação e capacitação das pessoas que fazem as polícias do estado.

Durante a posse, na última sexta, o governo de Pernambuco anunciou um pacote de medidas para melhorar as condições de trabalho dos policiais. Dentre as medidas, estão a melhoria do Programa de Jornada Extra; a criação de quatro diretorias de operação; a criação de seis companhias da PM; abertura de mil vagas para cabos; nomeação de 50 médicos legistas; e a reestruturação da premiação anual de Defesa Social, conforme o alcance das metas.

Civil
Uma das grandes mudanças que o delegado Osvaldo Morais terá é a divisão da diretoria de operações em quatro: Região Metropolitana do Recife; Agreste e Zona da Mata; Sertão; e uma direcionada às delegacias especializadas. “Essas quatro diretorias terão papel preponderante. A gente quer multiplicar as ações da diretoria de operações e torná-la mais próxima do centro de decisão. No Sertão, o diretor vai ter liberdade de fazer ações de repressão qualificada, por exemplo. Cada diretoria terá um coordenador. A questão geográfica foi importante para essa decisão”, disse o delegado.
Com as novas diretorias, o número de operações em busca de criminosos realizadas pelas polícias pernambucanas deve aumentar. “O setor de inteligência vai ser potencializado. Vamos investir forte nessa área, que possibilita um resultado efetivo nas operações de repressão qualificada. São quase 80 operações, buscando homicidas e traficantes. A gente quer, com a divisão e com a inteligência, aumentar esse número bastante”, disse Osvaldo Morais.

Através dos objetivos do Pacto pela Vida, a Polícia Civil também deve investir na reestruturação das delegacias. “Nosso objetivo é atendimento ao cidadão. Quando chegar a uma delegacia, a gente quer que ele seja bem-vindo. Ele já é vítima na rua, queremos que ele encontre um ambiente mais agradável”, concluiu Morais. O delegado informou ainda que 13 reformas já estão em andamento.

Militar
O Coronel Luiz Aureliano vai utilizar sua experiência operacional de 27 anos para comandar os cerca 20 mil agentes da PM pernambucana. “O fato de ter passado por várias unidades da PM vai ajudar; tem como saber os anseios das tropas, ouvir o policial que está na ponta da linha. Nossa política é de motivação, incentivo. A gente sempre acredita que um policial motivado, qualificado, vale por 10 não motivados”, contou.

A proximidade com a sociedade civil também será um dos objetivos buscados pelo coronel. “A gente tem que usar a criatividade, se aproximar da comunidade. A polícia será voltada para a segurança da sociedade. Nossa filosofia é dentro do trabalho preventivo, uma polícia da comunidade, de proximidade. O polícia vai para junto, troca a experiência, se relaciona”, disse.
 

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