Três homens foram presos por furtoqualificado de água para uso em lava-jatos clandestinos na área de Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife. O resultado da operação foi apresentado pela polícia nesta quarta-feira (29).
Segundo Joel Venâncio, titular da delegacia Seccional de Jaboatão, responsável pela investigação, a estimativa é de que cada um dos cinco pontos abordados tenha causado um prejuízo de R$ 8 mil a R$ 10 mil por mês à Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) – a fraude vem ocorrendo há pelo menos um ano.
O crime teve o agravante de induzir a companhia de abastecimento a cometer um erro, já que a água era furtada antes do ponto da tubulação onde fica o hidrômetro, portanto, repassando à população os custos da água subtraída. Por essa razão, eles não puderam pagar fiança, foram levados ao Centro de Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima. “O furto simples pode conceder fiança, mas o qualificado por emprego de fraude, como a pena é maior, só quem pode conceder fiança é o Poder Judiciário. O caso vai ser distribuído às varas de Jaboatão”, explicou o delegado.
Os lava-jatos fechados ficam no entorno da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Barra de Jangada. Foram presos três homens, de 36, 35 e 29 anos. Caso condenados, podem cumprir uma pena que varia de 2 a 8 anos de prisão de acordo com Joel Venâncio.
A operação foi conduzida em conjunto pela Polícia Civil, Compesa e 6º Batalhão de Polícia Militar. Os locais foram fechados e também foram apreendidos objetos como bombas d’água, canos e mangueiras. A denúncia foi feita pela própria Compesa, que tem indícios de pelo menos três mil ocorrências semelhantes em outros pontos do estado. De acordo com a Compesa, esse tipo de ligação reduz a pressão da água, impede o abastecimento de chegar em alguns pontos e deixa o líquido mais suscetível a contaminação
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