Com a chegada do ciclo junino, o número de queimados que dão entrada no Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, área central do Recife, cresce. Quando o período coincide com a Copa do Mundo, o número de pessoas feridas em acidentes com fogos aumenta em um terço, segundo dados da unidade de saúde. Na noite da terça-feira (12), uma mulher de 51 anos chegou do interior com o corpo queimado devido a um acidente com uma fogueira. Preocupado com a previsão de aumento de casos, o chefe da Unidade de Tratamento de Queimados do HR, Marcos Barreto, fez um alerta para as pessoas nesta quinta-feira (13).
A mulher que deu entrada no HR na noite da terça (12), véspera do dia de Santo Antônio, veio socorrida de Calçado, no Agreste do estado. "Ela estava acocorada acendendo a fogueira, quando a vizinha chegou e jogou combustível para que acendesse. O problema foi que a fogueira 'explodiu', queimando rosto e tórax. Ela encontra-se estável agora, mas está com queimaduras entre 12 e 15% do corpo, a pele do rosto dela quase toda caiu", explicou Barreto.
A preocupação, explica o médico, se dá devido ao aumento de casos nas festas de São João de 2012. Enquanto em 2011 foram atendidas 40 pessoas com queimaduras, sendo que apenas dez precisaram de internação, em 2012 foram 50 casos, mas com 29 internações. "Desses 50 casos, 28 foram crianças. É preocupante. Nós atendemos no começo deste mês uma criança que tirou a pólvora dos artefatos, fez um montinho e jogou fogo para 'se fotografar'. Ele ficou com uma lesão de face por pólvora, que é preocupante, e teve de se tratar na Fundação Altino Ventura devido às lesões óticas", contou Barreto.
A mulher que deu entrada no HR na noite da terça (12), véspera do dia de Santo Antônio, veio socorrida de Calçado, no Agreste do estado. "Ela estava acocorada acendendo a fogueira, quando a vizinha chegou e jogou combustível para que acendesse. O problema foi que a fogueira 'explodiu', queimando rosto e tórax. Ela encontra-se estável agora, mas está com queimaduras entre 12 e 15% do corpo, a pele do rosto dela quase toda caiu", explicou Barreto.
A preocupação, explica o médico, se dá devido ao aumento de casos nas festas de São João de 2012. Enquanto em 2011 foram atendidas 40 pessoas com queimaduras, sendo que apenas dez precisaram de internação, em 2012 foram 50 casos, mas com 29 internações. "Desses 50 casos, 28 foram crianças. É preocupante. Nós atendemos no começo deste mês uma criança que tirou a pólvora dos artefatos, fez um montinho e jogou fogo para 'se fotografar'. Ele ficou com uma lesão de face por pólvora, que é preocupante, e teve de se tratar na Fundação Altino Ventura devido às lesões óticas", contou Barreto.
Segundo o especialista, também tiveram muitas ocorrências com pessoas que acabaram pisando na fogueira no ano passado. "Existe uma forma segura de acender, conversamos com os bombeiros", ressaltou. Para acender a fogueira, deve-se pegar uma latinha e colocar estopa ou outro pano qualquer. O combustível deve ir dentro dessa lata, junto com o pano. Ajeita-se no meio da fogueira o artefato e acende, com cuidado. "Vai formar uma brasa assim e não precisa realimentar com cumbustível, que é geralmente quando acontecem os acidentes", detalhou o médico.
Jogos da Copa
Outro alerta vale para a Copa das Confederações. "Muitas vezes, as pessoas compram fogos de baixa qualidade, fogos artesanais. Por isso, grande parte dos acidentes estão aí. Geralmente são mãos destroçadas, as pessoas não comemoram soltando chuveirinho, soltam é bomba. Quanto maior a bomba, maior a probabilidade de um acidente", ponderou.
Outro alerta vale para a Copa das Confederações. "Muitas vezes, as pessoas compram fogos de baixa qualidade, fogos artesanais. Por isso, grande parte dos acidentes estão aí. Geralmente são mãos destroçadas, as pessoas não comemoram soltando chuveirinho, soltam é bomba. Quanto maior a bomba, maior a probabilidade de um acidente", ponderou.
Ler as instruções dos fogos é essencial para evitar acidentes, mas são frequentes os casos de pessoas que não leem ou acabam acendendo o artefato alcoolizados, contou o médico. "Não existe fogo de artifício que não tenha um risco. Todo ele depende da forma de utilização. Para mim, um revólver não tem nem um risco, porque não vou utilizar. O grande problema é o manuseio dos fogos, a forma de utilização é que traz as pessoas para cá. Você não pode dar um artefato explosivo para uma criança de oito anos e achar que não vai explodir na mão dela. As pessoas não se dão conta que são eles, os adultos, que são os maiores causadores dos problemas", argumentou.
O Hospital da Restauração é referência no tratamento de queimados no estado. A unidade conta com 40 leitos para atendimento de feridos, sendo que 25 deles são para adultos, 13 são femininos e 12 são masculinos.
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